

Na simplicidade da realização das “coisas”, encontram-se tesouros raros e preciosos.
No tempo onde a era digital não imperava, a música, assim como outras coisas, chegava-nos fora de horas.
Hoje andamos na rua e não sabemos que o vizinho do lado faz música sozinho: uma guitarra, um software, uma mesa, um pedal e emoções que se convertem em sons.
Chega-me a casa Memoirs, as memórias de Pedro Sobast, em seis estágios de Catacombe.
Prelude, tal como o nome indica, é o prelúdio do que vai acontecer – uma viagem que memoriza carícias, incómodos, revoltas e curiosidades.
A guitarra chora Playground Ghosts e anda descompassadamente pelo vale, à procura de paisagens bonitas para escrever palavras que se repetem e dizem a mesma coisa, vezes sem conta, acabando sem fôlego.
Vozes de criança, gritos de fundo remetem World’s End Girlfriend com notas simplificadas prontas a personalizar Memoirs.
O pós-rock de Catacombe não coloca barreiras na interacção com o ouvinte; desenrola uma partilha de sons com quem tem pressa de criar paisagens idílicas.
Em Memoirs, o também guitarrista de Lonney Tones, dedica-se sem relógio à partilha de memórias com quem pretende recriar as suas próprias.
Memoirs foi tocado e produzido por Pedro Sobast e posteriormente masterizado por Paulo Lopes, guitarrista dos Crushing Sun, no Soundvision Studios.
Aproveitem para ouvir algumas músicas que constam no Memoirs: www.myspace.com/catacombeband
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