quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Virgin Black | Requiem - Fortissimo


"With 'Requiem - Fortissimo', Australian's Virgin Black exhumes the classic doom vibe of Candlemass, Trouble and Paradise Lost. The band’s rawest
and heaviest album to date!" - End Records

Uma analogia às três fases de evolução é a trilogia que os australianos Virgin Black apresentam numa longa duração de música (2:30h), com os Requiems. Os álbuns dividem-se em Requiem - pianissimo, Requiem - mezzo forte e Requiem - fortissimo.
Não podemos dividi-los uns dos outros como se os considerássemos trabalhos individuais. Quase que posso afirmar que os três contam uma história epopeica passadas no céu, terra e inferno.
Pianissimo tenta-nos com a sensibilidade de uma mulher que se reserva no céu, com medo de intentar desejos carnais e, por isso, é no céu que o seu puritanismo é colocado à prova. Este Requiem chora a frustração de não ter conseguido ficar por mais tempo resguardada neste lugar seguro. Um anjo expele-a com a orquestra revoltada e vai para onde mais receava ir, a terra.
Ouve-se um pranto enternecedor de um homem viúvo que chora a mulher num Requiem - Mezzo Forte. O sofrimento do viúvo refoge-se na voz da mulher e nas memórias que tem dela. Está sozinho no funeral e o corpo da mulher está estendido dentro de um caixão. O tempo passa e nunca foi capaz de o enterrar. Acaba por viver na capela e expulsar todos os que lá iam orar. A distorção alastra-se em doom pela sala, movida pela sombra de um homem possesso.
Agora são guitarras que choram, violinos inferiorizados pela voz do cadáver e, por fim, várias vozes que marcham. Ela diz que não volta mais e ele é dono do inferno.
Fortissimo não tem piedade, está pronto para odiar com voz gutural.

No site da End Records podem reservar Requiem - Fortissimo (clicar aqui)

http://www.myspace.com/virginblackofficial

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