Lá se vai o tempo em que trocava cassettes com o meu melhor amigo e em que falávamos de música sem nos cansarmos porque tudo era mais difícil. As revistas mensais, os jornais semanais e fanzines faziam-nos ler durante horas sentados num banco de jardim, num de café ou até na própria sala de aula. Não se trata de pôr de parte o tempo de hoje, o da explosão da indústria da música, dos downloads e da mãe tecnológica que nos abre as mãos para tudo que queremos ver, ou quase tudo. O tempo de hoje é difícil porque requer demais. Ou ouvimos tudo e não ouvimos nada ao mesmo tempo ou seleccionamos realmente o que nos interessa. Falta o tempo de ouvir a voz de um amigo hilariante ao dizer que conseguiu gravar os dois minutos que faltavam do vídeo clip a acabar, ou uma entrevista que apanhámos por milagre no Viva zwei. Sinceramente é disso que eu sinto saudade. Hoje partilhamos de tudo e no fundo não partilhamos é nada.
sábado, 25 de agosto de 2007
as mudanças que o tempo traz
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