
(Não foi autorizado tirar fotografias no espectáculo de Diamanda Gálas na Casa da Música).
Algum tempo depois, o concerto que a deusa/diabo Diamanda Gálas deu no passado dia 9 deste mês, na Casa da Música, é já recordado com alguma saudade e dúvida.
O piano encontrava-se ainda sozinho no meio do palco e mal se viam os focos acesos que lhe estavam apontados.
Pouco tempo depois, uma mulher enigmática entra com passos de pessoas habituadas a pisar palcos. Não diz nada, senta-se e domina o piano com notas que não cabem em canções, aceita mais depressa as notas graves que as agudas. Vestida de negro, cabelo para além das costas. Os focos quase que a transformam numa sombra, como fundo um cenário minimalista.
A sua voz delira sons de animais, escalas que poucos conseguem atingir, cantos de sereia e graves saídos de túmulos fechados. A senhora cantou Guilty Guilty Guilty com a experimentação vocal que a distingue e, ainda, ressuscitou Edith Piaf.
Galás continua a assustar os mais sensíveis ao terror com as suas divagações vocais e ambientes sombrios, são poucos os que deixa entrar no seu mundo desiludido pelo amor. Cada música sua demora o tempo que a mesma determina no palco.
Na revista Terrorizer, numa entrevista a Diamanda, a própria revela algum descontentamento em relação a algumas palavras que Mike Patton proferiu sobre as suas prestações em palco, algo como: Diamanda não improvisa ou não sabe improvisar, quando ele era, no tempo da sua juventude, um dos que se sentavam na primeira fila nos anos 90, para assistir aos seus espectáculos.
Se o que Mike Patton disse é dado como verdade então há que desmentir porque se há coisa que esta mulher bem crescida sabe explorar é o improviso. Galás não se limita às estruturas de cada trabalho seu porque o mais importante para esta mulher de sangue grego é misturar ambientes que tornam os sons em imagens diabólicas e angelicais.
As palmas não pararam e fez dois encores. Depois do concerto sentou-se numa das salas da Casa da Música e à sua frente estava uma parede de vidro. Os fãs mais atentos tiveram a oportunidade de lhe fazer gestos de Adeus. Gestos que anseiam um regresso.
Algum tempo depois, o concerto que a deusa/diabo Diamanda Gálas deu no passado dia 9 deste mês, na Casa da Música, é já recordado com alguma saudade e dúvida.
O piano encontrava-se ainda sozinho no meio do palco e mal se viam os focos acesos que lhe estavam apontados.
Pouco tempo depois, uma mulher enigmática entra com passos de pessoas habituadas a pisar palcos. Não diz nada, senta-se e domina o piano com notas que não cabem em canções, aceita mais depressa as notas graves que as agudas. Vestida de negro, cabelo para além das costas. Os focos quase que a transformam numa sombra, como fundo um cenário minimalista.
A sua voz delira sons de animais, escalas que poucos conseguem atingir, cantos de sereia e graves saídos de túmulos fechados. A senhora cantou Guilty Guilty Guilty com a experimentação vocal que a distingue e, ainda, ressuscitou Edith Piaf.
Galás continua a assustar os mais sensíveis ao terror com as suas divagações vocais e ambientes sombrios, são poucos os que deixa entrar no seu mundo desiludido pelo amor. Cada música sua demora o tempo que a mesma determina no palco.
Na revista Terrorizer, numa entrevista a Diamanda, a própria revela algum descontentamento em relação a algumas palavras que Mike Patton proferiu sobre as suas prestações em palco, algo como: Diamanda não improvisa ou não sabe improvisar, quando ele era, no tempo da sua juventude, um dos que se sentavam na primeira fila nos anos 90, para assistir aos seus espectáculos.
Se o que Mike Patton disse é dado como verdade então há que desmentir porque se há coisa que esta mulher bem crescida sabe explorar é o improviso. Galás não se limita às estruturas de cada trabalho seu porque o mais importante para esta mulher de sangue grego é misturar ambientes que tornam os sons em imagens diabólicas e angelicais.
As palmas não pararam e fez dois encores. Depois do concerto sentou-se numa das salas da Casa da Música e à sua frente estava uma parede de vidro. Os fãs mais atentos tiveram a oportunidade de lhe fazer gestos de Adeus. Gestos que anseiam um regresso.