
De uma paisagem de árvores, rochas, cercada de nuvens saem os
Mammatus. O quadro data de 2005, a formação da banda. Tudo que contam tem uma história, cada instrumento é uma personagem.
Corralitos é um momento inesquecível não só por ser o lugar de onde a banda é natural, por coincidência ou não, como foi lá que o primeiro concerto abriu portas para tantos outros. Os concertos endurecem os pescoços dos fãs - afirmação da banda.
Sem dinheiro no mealheiro e sem editora gravaram quatro faixas numa garagem. As influências de Sabbath a Hawkind estavam ao rubro e em confluência instrumental o quarteto expande-se na atmosfera que os droga. Os Holy Mountain Records de São Francisco e os Rocket Records, Inglaterra, arregalaram os ouvidos e apostaram no auto intitulado álbum de 2006.
Em 2007 os profetas sobem de túnica à montanha com os amplificadores às costas, olham para o mar de longe para ver a costa a explodir. The Coast Explodes é uma homenagem à terra, ao mar, a tudo que existe e para lá do que existe. Em acordes acústicos e uma flauta celta chega-nos a história do mar que emerge das rochas num Pierce The Darkness. As nuvens, de onde a banda se inspirou para o nome, invadem o cenário para dinamizar os dedos dos difusores do rock psicadélico da nova temporada. Paragens de feedbacks harmonizam e esperam deslizes de notas. A bateria se acende e toques doom encorajam a voz que tenta acalmar o mar agitado. Não têm medo de ousar, o que importa é exprimir o que a fusão cerebral comanda. As vozes declaram a vitória da batalha e o mar se acalma. “A natureza tem que estar do nosso lado” é o que oiço em The Cost Explodes. Este trabalho de 2007 editado pela Holy Mountain, é uma obrigação de audição para quem gosta de stoner rock psicadélico.